Celebramos o terceiro domingo da Páscoa e também o início da Semana de Oração pelas Vocações. Rezamos juntos por todos os chamados, por todos os peregrinos da esperança e da paz, que querem fazer a vontade de Deus, aqui e agora. É Páscoa,
é tempo de nos alegrarmos, porque Jesus está Vivo e está connosco e convida-nos a deixarmo-nos encontrar por Ele, a vê-lo, a tocá-lO, em cada situação e, a alimentarmo-nos d Ele, na celebração da Eucaristia. Ele precede-nos e preside-nos. Tomemos consciência da Sua presença amorosa que não nos abandona e deixemo-nos contagiar pela alegria de nos sabermos amados e acompanhados por
Aquele que dá a vida por todos e por cada um de nós.
Votos de continuação de uma Santa Páscoa, fecunda e abençoada! Este é o Domingo da Oitava da Páscoa, o primeiro dia da semana, o dia do encontro do Ressuscitado com a Sua Igreja reunida, como outrora no Cenáculo, na sala da Última Ceia.. Este é, desde o ano 2000, o Domingo da Divina Misericórdia, que nos recorda o dom do perdão dos pecados, que brota do lado aberto de Cristo Morto e Ressuscitado. É também chamado de Domingo de Pascoela. Em muitos lugares, hoje, realiza-se o Compasso Pascal e Vista Pascal.
Votos de continuação de uma Santa Páscoa, fecunda e abençoada!
Senhor Jesus Cristo, amigo dos homens, que pela vossa cruz e ressurreição cumpristes o que diziam as Escrituras, fazei de nós testemunhas audazes da Palavra no mundo onde nos enviais a trabalhar. Vós que viveis e reinais por todos os séculos dos séculos.
Tocai-me e vede, diz Jesus aos discípulos, para mostrar que Ele não é um fantasma, não é um espírito ambulante, não é uma ilusão da mente. Portanto, também a relação com Ele e com os irmãos não pode permanecer à distância, não é uma relação virtual,
platónica. Não basta ver as feridas. O Bom Samaritano não se limita a olhar o ferido: aproxima-se, pára, inclina-se, liga as feridas, toca-o, carrega-o no seu cavalo e levao para a estalagem. O mesmo se pode dizer da nossa relação com Jesus: amá-lo significa entrar numa comunhão de vida, numa comunhão de corpo e alma com Ele. O corpo humano não é um obstáculo, nem uma prisão da alma. A vida cristã não se realiza fora desta esfera corpórea e material, porque em Jesus Cristo, o Verbo fez-Se Carne e a Carne tornou-se o eixo da nossa salvação. Por isso, uma fé desencarnada, viral ou virtual, imaginária, que despreze o corpo, é um ilusório sentimento religioso. Aprendamos a rezar e a celebrar também com o corpo: o corpo entra na oração e participa na liturgia, porque esta é acontecimento, é presença real, é encontro pessoal com Cristo. Que o toque, o tacto e o contacto real corpo a corpo, com as pessoas,
tornem mais concreto o nosso afecto, mais afectuosas as nossas relações com Deus e com os irmãos.